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Excesso de atividades físicas atrelado a exercícios intensos fazem parte da vida de CrossFiteiros

  • Foto do escritor: Letícia Maria
    Letícia Maria
  • 26 de set. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de fev. de 2021


Praticantes do CrossFit mesclam treinos pesados que podem sobrecarregar organismo

Proposta dessa prática esportiva é melhorar o condicionamento físico juntamente com treinos de alta intensidade - Foto: Marcelo Hirata/RRO

Fenômeno no mundo esportivo, o CrossFit nada mais é que um sistema de treinamento funcional de alta intensidade que mistura modalidades (como levantamento de peso olímpico, exercícios cardio-respiratórios, exercícios funcionais e ginástica) para melhorar o condicionamento físico. Originária dos Estados Unidos, essa prática já soma mais de 1250 ginásios afiliados no Brasil e, em São Bernardo, são dez unidades, uma delas no Rudge Ramos.

Quem aderiu a esse estilo de vida é conhecido como ‘CrossFiteiro’. Saúde? Exagero? Vício? De acordo com o fisiologista Adilson Santos, o excesso adotado pelos praticantes é chamado de overtraining, ou seja, uma sobrecarga dos treinos sem espaço para descanso. “Isso gera prejuízos e danos à saúde, como a diminuição da qualidade do sono, da perda de força e resistência, além de alterar o quadro de humor (levando ao quadro de depressão e irritabilidade), queda do sistema imunológico e o aumento da frequência cardíaca em repouso”.

Casos mais comuns de adeptos ao CrossFit são de pessoas que seguem rotinas tão intensas quanto os próprios treinos. O estudante de educação física Felipe Majone, 24, resolveu mudar os hábitos há um ano: “Eu pratico seis vezes por semana e não me vejo sem. Comecei por necessidade, até que fui aprendendo e hoje virou uma obsessão”. Quando questionam o estudante, a resposta imediata é o amor ao esporte. “Eu só pensava naquilo. Hoje faço para que cada dia eu consiga dar o máximo de mim e vencer distâncias”, conta.

A estudante de direito Fernanda Galdino, 21, treina CrossFit pelo menos cinco vezes por semana e pratica há dois anos e meio. Para ela, ir além do limite todos os dias, superando pesos e cargas, é excepcional. “Não me vejo sem porque é viciante. Todo mundo que faz isso fala a mesma coisa: você ama ou odeia. É a melhor parte do meu dia e eu amo o que faço”.

A busca pelo corpo perfeito é o que tem levado os praticantes à compulsão em querer treinar cada vez mais, segundo o fisiologista. “O que as pessoas têm que se atentar é que a saúde deve ser o foco principal na prática da atividade física. A estética é o segundo plano, mas, infelizmente, as pessoas não enxergam isso”, explica.

Apesar disso, ele alerta sobre a importância de estar sempre orientado por um profissional de educação física ou um professor. Assim, junto com quem treina, é possível determinar a intensidade adequada. Lembrando que a intensidade não pertence exclusivamente ao CrossFit, e que varia para cada nível de resistência e do objetivo da pessoa na hora do treino.

Ouça na íntegra a reportagem do programa Universidade no Ar, veiculado na Rádio CBN, sobre vício de esportes:


Publicado inicialmente no Rudge Ramos Online

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